Episódio #04 - Educação de Surdos

 



ACESSIBILIDADE PARA A PESSOA SURDA 

 


Transcrição do Episódio #04 - Educação de Surdos


[MÚSICA ANIMADA DE FUNDO]

 

[STEPHANIE] Olá, seja bem-vindo. Você está escutando o podcast Bate-papo Inclusivo, criado pelas alunas Amanda Moura, Giuliana Rodrigues, Nayra Arruda, Renata Aranda e por mim Stephanie Stenzel.

 

Este programa é fruto da atividade de estudo programada do curso de Pedagogia do sétimo semestre da Unicesumar - Londrina.

 

Fomos desafiadas a elaborar um plano de ação com a finalidade de preparar os professores para que eles consigam realizar uma verdadeira educação inclusiva de alunos surdos no retorno às aulas pós pandemia.

 

Elaboramos 5 episódios que darão suporte teórico para a semana pedagógica de formação de professores, que tem como tema central: a inclusão de surdos.

 

[FIM DA MÚSICA ANIMADA DE FUNDO]

 

[STEPHANIE] Oi gente, tudo bem com vocês?

 

[AMANDA] Oi gente!

 

[GIULIANA] Oi gente!

 

[NAYRA] Oie!

 

[RENATA] Oi gente, tudo bem?

 

[STEPHANIE] Educação de surdos é o tema deste episódio. Parece estranho né, falar de surdos em uma mídia na qual apenas ouvintes conseguem ter acesso. Entretanto, é preciso que os ouvintes se preocupem em entender sobre a comunidade e identidade surda na luta pela inclusão.

 

Você, ouvinte, já parou para pensar de que forma os surdos entendem o mundo desde que nascem?

 

[AMANDA] Veja bem... ver, ouvir, sentir, cheirar e tocar são coisas que aprendemos sozinhos. O que a gente não consegue é desenvolver uma língua sem aprender com alguém. A linguagem só se desenvolve por meio da interação com outra pessoa que tenha domínio da fala.

 

[GIULIANA] Pensando aqui agora, vou colocar uma questão na roda. Como um surdo aprende que o objeto celular se chama celular se ele nunca escutou ninguém chamando aquele objetivo pelo nome?

 

[RENATA] Realmente, o surdo começa a compreender o mundo de uma forma diferente. Por isso, é importante que ele tenha um responsável nomeando os objetos para ele na Língua de Sinais.

 

[STEPHANIE] A Língua de Sinais é realmente fundamental para o surdo, né? Hoje os surdos possuem uma comunidade forte além de serem respaldados por lei. Mas, Nayra, nem sempre foi assim né?

 

[NAYRA] Verdade, nem sempre foi assim. O processo histórico da educação de surdos passou por diversos desdobramentos. Na antiguidade eles eram condenados à morte.

 

Na Idade Média, somente os surdos das famílias abastadas eram acolhidos pela Igreja católica, mas a educação tinha um caráter assistencialista. Foi aí que surgiram também os primeiros professores surdos.

 

Na Idade Moderna, as famílias ricas passaram a investir na educação dos filhos surdos, que herdariam os bens. Aí surgiram diferentes metodologias de ensino, os primeiros educadores surdos aceitaram o uso dos sinais na educação.

[AMANDA] Já na Idade contemporânea temos três grandes nomes de educadores de surdos: o Charles de L’Epèe, na França, considerado o pai da educação de surdos, criou o método dos sinais metódicos que usava os sinais que ele observou pela comunidade surda. Sua escola formou também os primeiros educadores de surdos.

 

[GIULIANA] Enquanto na Inglaterra, Thomas Braidwood, usava o alfabeto digital como apoio do ensino, além de usar diferentes métodos na educação como a fala e os sinais;

 

[RENATA] Na Alemanha, Samuel Heinicke, que defendia o ensino da fala como o mais importante, acreditava que o uso dos sinais atrapalharia o ensino. Ele criou o método alemão e é considerado o pai do oralismo.

 

[NAYRA] Todos eles tiveram a sua importância, criando diferentes métodos educacionais e as primeiras escolas coletivas para os surdos em seus países.

 

[AMANDA] Mas, o marco principal dessa época foi o II Congresso de Milão, em 1880, que proibiu o uso de sinais passando a aceitar o oralismo como a única abordagem a ser seguida na educação de surdos.

 

[NAYRA] Mas, hoje, temos como marco importante a educação bilíngue. Movimento que teve início nos anos 80, e que gerou reconhecimento e a regulamentação da Libras - a Língua Brasileira de Sinais, por meio da Lei n° 10.436 de 2002. Essa lei reconhece a Libras como a língua nativa dos surdos, e reconhece também a comunidade, a cultura e a identidade surda.

 

[STEPHANIE] Reconhecer a Libras como primeira língua do surdo realmente foi muito importante. E para que a educação dos surdos aconteça é preciso que os professores consigam se comunicar com o aluno em sua língua natural.

 

[GIULIANA] Não só o professor né Stephanie, mas todos que estão envolvidos na educação do surdo.

 

[STEPHANIE] Sim, sem dúvida.

 [AMANDA] Principalmente no ensino remoto, né? Segundo relato de alguns pais, um dos grandes problemas no ensino remoto foi a dificuldade que eles encontraram em interpretar os textos, já que eles não dominavam a Libras. Além, da demora para ter o auxílio de um tradutor e intérprete durante as aulas. O que acarretou atrasos na aprendizagem dos alunos surdos.

 

[STEPHANIE] É mesmo Amanda. Acredito que o maior desafio do aluno surdo no ensino remoto foi a comunicação. Por isso, é importante que os professores se preocupem em se comunicar com seu aluno de maneira efetiva, utilizando a Libras.

 

Chegamos ao final do quarto episódio. Muito obrigada pela conversa meninas.

 

[AMANDA] Obrigada gente!

 

[GIULIANA] Até a próxima!

 

[NAYRA] Tchau, tchau!

 

[RENATA] Até mais!

 

[MÚSICA ANIMADA DE FUNDO]

 

[STEPHANIE] Pensando em tornar os podcast acessíveis às pessoas surdas, as transcrições dos episódios já estão disponíveis no blog marinavaiparaescola.blogspot.com

 

E muito obrigada a você que escutou até aqui. Todos os cincos episódios desta temporada do podcast bate-papo inclusivo já estão disponíveis. Aproveite.

 

Depois de escutar deixa a gente saber a sua opinião, para isso vá no Instagram, @batepapoinclusivo tudo junto sem hífen, para comentar os episódios.  Te esperamos lá.

 

Um beijo e até mais.

 

[FIM DA MÚSICA ANIMADA DE FUNDO]


Comentários