É por meio da interação com o outro e com o mundo que o indivíduo vai se tornando um ser social, em crianças autistas essa habilidade é comprometida, conforme explicita Gaiato (2018) a criança dentro do espectro autista tem dificuldade em compreender a linguagem não verbal das pessoas, como as expressões faciais, gestos, sinais com os olhos, cabeça e mãos. Nesse sentido, é importante que a criança aprenda a reconhecer as expressões faciais para que a sua interação com o outro aconteça de forma satisfatória. Segundo o Instituto NeuroSaber (2015) autista possuem uma maior dificuldade em perceber a relação entre os olhos e a boca, sendo esta percepção essencial para o reconhecimento de face.
Tema:
Brincando com Caretas
Turma:
Educação Infantil, 3 anos.
Objetivo geral:
(EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.
Objetivo específico:
- Reconhecer as diferentes expressões faciais e os sentimentos que elas representam;
- Reproduzir as expressões apresentadas, criando novas caretas;
- Criar um cartaz das expressões;
Recursos:
- Fotos da equipe escolar e/ou da internet com diversas expressões, como: feliz; triste; bravo; fazendo careta; vesgo etc.;
- Vídeo “Careta” da Palavra Cantada, acesse aqui: https://www.youtube.com/watch?v=XIwuB6xIMxc
- Celular ou máquina fotográfica.
Metodologia:
Organização prévia: é preciso que o canto temático visual seja preparado para a aula, a professora colará no espelho as fotografias com as expressões faciais da equipe escolar, dos alunos de outras turmas e/ou da internet, cobrindo com um pano para que as crianças não vejam antes.
Antes de iniciar a aula, é importante deixar claro como acontecerão as atividades, pois, a antecipação ajuda a evitar comportamentos indesejados em alunos com autismo, se possível, faça um quadro com os tópicos que serão trabalhados em sala e vai riscando o que já foi feito.
Após a apresentação de como acontecerá a aula, em círculos os alunos serão indagados sobre o que eles sabem sobre caretas e se eles sabem fazer uma careta bem engraçada ou feia. Em seguida, a professora passará o vídeo da música “Careta” da Palavra Cantada, em que eles observarão as diferentes expressões apresentadas no vídeo.
Na sequência, a professora levará os alunos para o canto temático visual, em que eles brincarão de fazer careta com o espelho. Posteriormente, divididos em duplas, os alunos receberão um cartão com uma careta, em que um integrante da dupla reproduzirá a careta e o outro terá que adivinhar o sentimento que ela representa (medo; raiva; alegria etc.), reproduzindo a careta apresentada na sequência, dessa forma, as duplas vão se revezando para adivinhar as caretas. Nesse momento, é importante que a professora fale sobre os sentimentos apresentados, pois ajuda a criança a entender e nomear o que ela está sentindo. Logo em seguida, os alunos brincarão de fazer careta um para o outro e depois para o espelho, com o professor incentivando a fazer a careta mais engraçada.
É importante que no momento das interações a professora vá registrando por meio de foto, as expressões apresentadas para os alunos. Pois, elas servirão de base para montar dois cartazes das expressões: um com as expressões dos sentimentos; e outro com caretas engraçadas criadas por eles.
A aula tem como objetivo conhecer as expressões faciais que representam um sentimento, pois, como Marina ainda não fala, ao entender o que está sentindo ela saberá apontar para o sentimento, contribuindo com a interação de Marina com a professora.
Avaliação:
A avaliação se dará durante a atividade, com um olhar atento do professor para o entendimento que as crianças têm sobre o que elas sentem, se elas conseguem se expressar usando o rosto e se sabem reconhecer as expressões apresentadas. Deve ser observado também, de que forma as crianças interagem com Marina e como é a interação dela com os demais alunos, se ela conseguiu reproduzir e entender as expressões apresentadas, se ela participou da atividade e como foi.
REFERÊNCIAS:
GAIATO, Mayra. S.O.S autismo: guia completo para entender o Transtorno do Espectro Autista. Sao Paulo: nVersos, 2018
NEUROSABER. Como trabalhar o sistema sensorial no autismo. Instituto NeuroSaber, 2016. Disponível em: ttps://institutoneurosaber.com.br/como-trabalhar-o-sistema-sensorial-no-autismo/. Acesso em: 25 set. 2020
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